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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

AI VEM O ANO NOVO!1!

   Ano Velho partindo, Ano novo chegando e passamos a lembrar os acontecimentos do ano findo, porque como sempre aconteceu de tudo um pouco: foram trezentos e sessenta e cinco dias de uma mescla de alegria, tristeza, saúde, doença, sucesso, derrota, prosperidade e indigência, mas sobrevivemos a tudo isso e mais alguma coisa.
   Em 2012, o mundo se coloriu de varias cores: rosa da felicidade, azul da tranqüilidade, verde da esperança, branco da paz e também as cores sombrias  da tristeza como o roxo e da morte como o negro, mas tudo isso é natural, uns riem e outros choram, porque a vida oferece essa gama de cores; longos foram os dias do ano que passou, mas passou.
   Como um menino travesso cheio de promessas e esperanças, vem ai o ano novo e ninguém sabe o que ele vai oferecer de bom e de ruim, mas o futuro está nas mãos de Deus Todo Poderoso e confiando em Sua Proteção vamos em frente, porque só vivemos um dia de cada vez e como serão esses dias não sabemos, mas nosso Pai Eterno sabe e nos guiará e protegerá até o final de 2013 e para sempre.

Aos amigos desejo um Bom, Feliz e Produtivo Ano de 2013. O Senhor nos abençoe a todos e que a paz se estabeleça no mundo. Abraços.
Maria Aparecida Felicori { Vó Fia }  

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

ABENÇÔADOS LIVROS

Assim que aprendi as primeiras letras, me encantei pelos livros e me lembro depois de tantos anos, do primeiro livro que li e foi o Narizinho Arrebitado de Monteiro Lobato, era um livro com gravuras coloridas muito lindas e eu li e li novamente encantada com as historias do grande autor e com as imagens da menina e do principe a maioria dentro do rio, porque o principe era um peixe.
  Na minha mocidade os livros eram a principal distração, as crianças liam contos de fadas, e as moças aprendiam a sonhar com os romances adocicados de M. Dely e de outros autores do genero, mas os rapazes também se interessavam pela leitura e adoravam os livros de capa e espada de escritores que até hoje são lidos e apreciados como :Alexandre Dumas, Ponsul du Terrail e muitos outros.
  Os grandes autores brasileiros do passado como Machado de Assis, José de Alencar, Euclides da Cunha e tantos outros, são hoje o exemplo para os novos autores e descendo a escada do tempo, temos mentes brilhantes como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Jorge Amado, Raquel de Queiroz e outros mais, não nos esquecendo dos grandes poetas: Gonçalves Dias, Castro Alves, Cora Coralina, Adelia Prado e Carlos Drumonnd de Andrade e muitos outros.
  De hontem e de hoje, os escritores e seus livros embalam a imaginação de todos e ajudam a pensar e entender o sentido das coisas e da vida, porque os livros espelham os acontecimentos; com a chegada das novidades eletrônicas, os leitores se contentam com livros condensados que não dizem exatamente o pensamento do autor, juntando o progresso com a falta de tempo das pessoas.
  Mas nada como o prazer de ter nas mãos um bom livro, saborear página por página, reler e marcar os melhores trechos e depois sonhar com os acontecimentos daquela historia; no passado, no presente e no futuro, os livros sempre ocuparão um lugar de destaque e os escritores serão sempre lembrados, porque um livro cumpre o papel de um parente ou amigo ausente, é a companhia dos solitários.
  Livros virtuais tem sua importancia, a internet também espalha cultura e com seu grande alcance é de grande ajuda para despertar o interesse pelos livros, mas os livros impressos não devem ser descartados nunca, porque um livro pode ser um presente para alguém, uma distração em momentos de angustia , porque a leitura é acalento, é emoção e alegria; um bom livro é o melhor adorno para uma mesa de cabeceira.
  No momento os novos autores encontram dificuldades em publicar seus textos, porque livros e cultura em geral não fazem parte dos planos de muita gente, porque se sabe que um povo culto não se deixa enganar; livros são mais importantes que a comida que alimenta o corpo, porque os livros alimentam o cérebro e um cérebro bem alimentado alarga os horizontes, abre caminhos  e conduz a felicidade.
Maria Aparecida Felicori { Vó Fia  } Dezembro de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PARALELOS

As crianças nascidas entre os anos vinte e trinta, ao começarem a perceber o mundo a sua volta descobriram que se encontravam em uma cidadezinha bem pequena, com seu Largo da Matriz e suas poucas ruas de chão batido e cheias de pó vermelho no tempo seco e  de lama no tempo das chuvas, com suas casas modestas e seu povo simples, ali estava o seu lar: Nepomuceno.

 As crianças cresceram um pouco e foram para a única escola do lugar: o Grupo Escolar Coronel Joaquim Ribeiro e enquanto aprendia as primeiras letra e números, viam sua cidade crescer  e mudar de aspecto, as ruas receberam uma cobertura de cascalho, o pá vermelho e a lama diminuiram, as casas foram repintadas e tudo parecia mais acolhedor e bonito.  

   Com mais algumas voltas da vida, aquelas crianças se tornaram adolescentes; quem podia saia de casa para estudar em outras cidades e os que ficavam aprendiam profissões variadas para sobreviver, mas Nepomuceno crescia junto e pouco a pouco as mudanças aconteciam, as ruas foram calçadas com paralelepipedos, as escolas foram aumentando de numero e novas lojas se abriam.

  De repente aqueles  adolescentes se tornaram jovens adultos, que trabalhavam, estudavam e se divertiam nas horas dançantes do Clube Dezoito de Agosto e sua cidade acompanhando tudo de perto e mudando junto, já não era uma cidadezinha perdida no mapa de Minas Gerais, com seu porte médio mudava de cenário a cada dia, para alegria de todos.
  Contando com o Ginasio São José, os filhos da terra partiam mais tarde em busca de maiores conhecimentos, mas voltavam sempre atrelados ao amor e apego por sua Nepomuceno; o tempo corria cada vez mais rápido e a cidade se expandia e prosperava dentro de suas possibilidades.
   E agora no tempo presente, de um pioneiro Grupo Escolar temos varias escolas estaduais e municipais e também ótimas escolas particulares; o querido  Reporter tem a companhia da Folha Independente e do Jornal Melhor Opção impresso e virtual, garantindo cultura e lazer para todos; estamos firmes no terceiro milênio.
  Aquelas crianças dos anos vinte e trinta agora são pessoas idosas, mas Nepomuceno ao contrario não envelheceu, está mais jovem e bela com suas ruas asfaltadas, suas praças floridas e cheias de crianças que vão garantir a continuidade de nosso lar: Nepomuceno.
Maria Aparecida Felicori {Vó Fia

quarta-feira, 25 de julho de 2012

SER ESCRITOR

Ser escritor é se ver sozinho
Diante de uma folha de papel em branco
Pedindo para ser preenchida um pouquinho
Mas as vezes o cérebro só pega no tranco.

Ser escritor é sofrer solitário
Procurando idéias novas que não vem
É preciso as vezes um atalho
Lembrar fatos noticias boas e ruins também.

Ser escritor é as vezes agradar a poucos
E ofender a muitos mesmo sem querer
De santos demônios e também loucos
Temos um pouco para conseguir viver.

Hoje dia vinte e cinco de julho
É dos escritores o festivo dia
Saúdo todos os colegas em um embrulho
Com abraços beijos e algumas Ave Marias.

Maria Aparecida Felicori {Vó Fia} 
Nepomuceno MG

segunda-feira, 23 de julho de 2012

MARIDOS DE ONTEM E DE HOJE

  Se atrasarmos o relogio do tempo, vamos encontrar o jeito antigo de viver, porque tudo era muito diferente no passado, principalmente no relacionamento dos casais: os maridos eram amos e senhores, suas decisões eram irrevogaveis e indiscutiveis e as esposas apenas obedeciam caladas a todas as ordens dos maridos, sobre qualquer assunto.

  As mulheres eram apenas donas de casa e mães de familia, ocupavam seu tempo com seus afazeres domésticos; todas sabiam cozinhar, preparar doces e quitandas, costuravam e cuidavam das roupas da familia que lavavam, engomavam e passavam, mas nada sabiam de assuntos financeiros, porque seus maridos eram os provedores e cuidavam de tudo.

   Quando jovens eram mantidas pelos seus pais e se ocupavam do aprendizado com suas mães para se tornarem boas esposas, e da tutela do pai, passavam para a tutela do marido, que era escolhido pelas familias, nunca pela moça, mas depois do noivado acertado, as noivas passavam a receber agrados como flores, bombons e lindas serenatas.

   Namorar a moda antiga não passava dessas coisinhas, porque as visitas de noivos eram vigiadas de perto pelas mães, avós ou irmãs casadas; intimidades só depois do casamento, mas era o costume e ninguém reclamava, depois do casamento pouca coisa mudava, porque a unica distração das esposas era receber as amigas para um chá da tarde.

   Ler romances escolhidos pelo marido também era aceitável e quando os filhos chegavam, mesmo esses pequenos divertimentos se acabavam, porque mãe era de tempo integral e ai as mulheres só ocupavam seu tempo com a casa e os filhos, mas a compensação era não ter a obrigação de ganhar dinheiro, porque homem decente sustentava a familia sem ajuda feminina.

  Essa era a rotina das familias de antigamente, mas tudo mudou e hoje as mulheres disputam empregos com os homens em todas as áreas e como colaboram com os gastos da familia, elas exigem que os trabalhos da casa sejam devidamente  divididos e os maridos de hoje precisam ser cheios de prendas domesticas como suas esposas.

   Se no passado os maridos não entravam em uma cozinha, hoje os homens são quase todos bons cozinheiros  e se o casal tiver filhos, o pai também sabe trocar fraldas, dar banho e alimentar uma criança, mas diferente das enormes familias do passado, hoje ninguém quer encher o mundo, um filho ou dois e está de bom tamanho.

   As esposas antigas engoliam sapos e até crocodilos, mas nem pensavam em deixar seus maridos, porque a sociedade não aceitava uma mulher separada e também nenhuma mulher tinha qualquer tipo de renda e vivia sustentada pelo marido, diferente dos tempos atuais, que as pessoas se casam já pensando em se divorciar  e é normal.

   São vidas de épocas diferentes, mas apesar de se fingirem de fortes, as jovens modernas bem que gostariam de receber flores, bombons e ouvirem romanticas serenatas em sua homenagem, mas não conseguem, porque o romantismo morreu afogado dentro de uma garrafa de cerveja e foi incinerado com uma nuvem de fumaça de cigarro.  

                     Maria Aparecida Felicori { Vó Fia }

                                        23/07/2012

domingo, 22 de julho de 2012

NA ESCOLA

  Nos anos trinta, o sistema escolar era totalmente diferente dos tempos presentes, era tudo de uma simplicidade franciscana: ninguém levava lista de material escolar para casa, porque simplesmente não existiam materiais escolares, o que existia era um pedaço de pedra  cinzenta, que era chamada de lousa e um lapis que mais parecia um estilete, também de pedra.
   Os livros eram reverenciados e bem cuidados, porque pertenciam aos grupos escolares e passavam de um ano para outro, só mudavam os alunos, nunca os livros, mas as crianças eram bem educadas e chamavam as professoras de senhoras, senhoritas ou donas com o maximo respeito e estudavam muito, porque só passava de ano quem merecesse.
   Os alunos eram responsaveis, porque se perdessem o ano seriam castigados pelos pais e se sentiriam humilhados ao voltar no ano seguinte como repetentes, porque diferente do momento, os pais daquela epoca impunham limites e exigiam respeito para eles e para as outras pessoas e as crianças eram mais felizes, porque sabiam que os pais estavam ali para lhes mostrar o caminho certo.
   Essa segurança dava as crianças a certeza de que sua obrigação  era estudar, ser cortezes e seus pais os apoiariam em tudo que precisassem e não era a pouca informação que recebiam, que os tornava obedientes e estudiosos, era o amor e carinho que sentiam pelos seus pais e o principal era o clima de respeito existente, era o tempo dos senhores pais.
   Mas o século acabou e agora no século vinte e um, chegou o tempo dos senhores filhos, mas são senhores apenas na falta de educação e de respeito, porque continuam dependendo financeiramente dos pais até quase velhos, porque não estudam e não trabalham; a maioria dos filhos de hoje, são os senhores mais coitados desse mundo e quando seus velhos morrerem, vão viver de que?
                      Maria Aparecida Felicori {Vó Fia}
                                        22/07/2012